domingo, 23 de janeiro de 2011

Não era só coisa de verão.

Só em pensar em você eu já me sinto bem,
Passo o tempo esperando, mas você não vem.
Lembro da gente dançando na beira do mar,
E os seus olhinhos brilhando rumo ao meu olhar.

Todo mundo estava olhando e agente nem aí,
Pois era só o nosso jeito de se divertir.
E depois nós dois sentados perto do farol,
Um abraço apertado, vendo o por do sol.

E eu sempre me sentia bem ao seu redor,
O calor que invadia o meu coração.
Me fazia perceber algo muito maior,
Nossa história não era só coisa de verão.

Só em pensar em você eu já me sinto bem,
Passo o tempo esperando, mas você não vem.
Lembro do beijo suave que você me deu,
E de tudo o que um dia já aconteceu.

Na areia nós sentíamos a maresia,
Como eu era feliz na sua companhia.
E depois nós dois sentados vendo o luar,
Dizendo um para o outro, sempre vou te amar.

E eu sempre me sentia bem ao seu redor,
O calor que invadia o meu coração.
Me fazia perceber algo muito maior,
Nossa história não era só coisa de verão.

M.L

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Lejos de casa.

Encilhei um mate cevado a capricho
E de tudo comecei a lembrar.
Numa dessas tarde morenas
Que só deus sabe pintar.

Longe da minha gente, mateio solita
No meu silêncio uma lágrima vejo cair
E no meu peito apertado de saudade infinita
Há um grito perdido tentando sair

Recordo da minha infância,
Dos parceiros de travessuras
Dos meus olhos de criança
Com rios de doce ternura.

Longe do velho que tudo me ensinava
Não vejo horizontes no entardecer
Sem o cavalo baio que eu tanto amava
Me sinto perdida tropeando meu viver.

Sigo com minha vivência
Lejos de casa
Sentindo falta da minha querência.
Uma guapa morena aqui da fronteira,
Com alma gaúcha sou flor de campeira.

Num finzito de tarde,
Uma nostalgia infinita
Dessa vida gaudéria e passada,
Sigo adiante mateando solita.

Alumbrando esperanças
Lejano das terras de onde me criei
Sigo meu compasso cheia de lembranças
Das estradas por onde passei.

Em um tempo de muitas distâncias,
Recordo das lidas no campo,
Das frescas sangas de pedras,
E as noites no chão pampeano.

Canto o minuano cortante
Ao trote do pingo de nome esperança
Com anseios de esperas seguindo adiante
Findando a jornada no rumo da estância.

E ao patrão do céu peço,
De coração sincero,
Que proteja o mundo campeiro
E o grito do quero-quero.

Sigo com a minha vivência,
Lejos de casa
Sentindo falta da minha querância.
Uma guapa morena aqui da fronteira,
Com alma gaúcha sou flor de campeira.

domingo, 2 de janeiro de 2011

TALVEZ

Talvez eu tenha um caminho pra seguir,
Ou talvez eu tenha uma missão pra cumprir.
Talvez eu seja alguém muito inteligente,
Ou talvez seja apenas alguém pouco paciente.

Talvez porque a vida seja uma eterna descoberta,
Pouco compreensível, totalmente imprevisível.
Talvez tudo mude um dia, mas talvez esse dia nunca chegue.

Talvez eu seja alguém muito narcisista,
Ou talvez eu seja apenas otimista.
Talvez eu queira tudo, ou talvez não queira nada.
Essa é a minha vida, a minha jornada.

Talvez porque a vida seja uma eterna descoberta,
Pouco compreensível, totalmente imprevisível.
Talvez, talvez, talvez, talvez...